segunda-feira, 25 de julho de 2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Palavras

Escrevo, pois não sei tocar.
Mas, mesmo assim, ainda sei tocar.

Olhar sem ver.

Não se esqueça de usar olhos de ver, pois
estes de só olhar já nunca enxergaram.

Pontos e vírgulas.

Para te falar, agora até uso vírgulas, pontos, exclamações....
Nada mais corrido que o teu correr nas minhas linhas.

Palavras, peso, pesar...

Toda a gente sabe.
Que uma folha livre ao vento voa sem destino.
E que é preciso pôr-lhe letras em cima para que aterre.
Toda a gente sabe...

Ida sem volta.

Todos sabemos.
Que a saudade só é saudade porque o retorno é impossível.
Todos sabem.
Sabem todos.

Perdida estou. Mas não me importo.

Só consigo me encontrar quando me perco em você.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

De dentro...


De dentro pra fora...
De fora pra dentro...

Quando foi que você foi embora?
Só vejo você do lado de fora.

De dentro pra fora...
Só me resta tua imagem do agora.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pátria.

É cheiro de terra.

Terra molhada.
O vento me traz as raízes minhas,
Essa raíz tão distante,
Refletida em mim.
Essa pele de breu,
Sorriso sofrido,
Mãos caleijadas.
Sou tua, mesmo não sendo.
Terra essa a minha, que não me pertence.
Sou a fruto da liberdade gritando a ser expurgada,
Dessa terra sofrida,
À espera por justiça.

Volte.

Quando voltar,
Me traga teus beijos mais intensos
E os abraços, de braços sem tamanho.
Também me traga o sorriso teu,
Pois assim terei o meu, largo e desmedido.
E não se esqueça,
Traga contigo, meu coração furtado,
esquecido,
guardado no fundo das gavetas tuas.

Perceba.

Sentimental eu fico.

Quando cada palavra tua corre pelos meus olhos....
E quando o violão a tocar, invade meu peito aberto.

Sentimental fico eu, até quando não fico.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

domingo, 3 de julho de 2011

Doce Amargo

A xícara está na mesa.
A porcelana branca, e no fundo do teu café amargo,
refletem os lábios teus.
Num gole só, sem censura, o amargo da tua boca se perde
no doce da minha, que não se cansa dessa mistura, de todo dia, de toda manhã.

Abro os olhos, e pela porta você já se foi a ganhar o dia.
E do dia meu fica o amargo da tua boca, com o doce do meu sorriso,
que só é doce,
por causa do teu amargo.

Só o tempo.

"Que o tempo me devolva o sorriso sincero da tua espera."

sábado, 2 de julho de 2011

Fato inegável.

E se ?

E se eu não prestasse ?
E se eu não amasse ?
E se eu não pensasse ?
E se eu não falasse ?
E se eu surtasse ?

Você me notaria ?

E se eu,
E se eu não te gostasse,
Não te quisesse,
Não te desejasse.

Teria você aos meus pés.

Fato !

Me inclua.

Me inlcua.
No meio dos livros teus.
Quem sabe assim você me note.

Me inclua entre tua pele e teu colarinho branco.
Quem sabe assim você me sinta.

Me inclua entre seus lábios, entre teu beijo.
Quem sabe assim você me aqueça.

Me inclua entre Bach e outros mais.
Quem sabe assim você me ouça.

Me inclua nos textos teus.
Quem sabe assim você me leia.

Mas, acima de tudo, acima de qualquer incluir,
Me inclua em ti.
Quem sabe, assim você se encontre.


Ensaio ao diálogo

- Inclua-me !

* - Incluir-te onde amor meu ?

- Não sei. Talvez nos teus braços. Quem sabe no meio de você, e no meio de tudo que haja você.

* - Bem que poderia eu incluir-te, mas, não tenho espaços, só desculpas...

- Desculpas as tuas ? Quantas mais ? O querer só depende da gente, meu querido Russo.

*- Mas tenho tantas. Oque faço eu delas ?

- Não posso eu te dar as respostas. Quando tu realmente olhar pra dentro de teu coração, verá então o espelho meu..e os teus reflexos, tão meus. Talvez, de relance tu verá a imagem de uma bruxa, louca, desvairada. Mas, ao olhar com cuidado, apenas o amor enxergará.

*- E oque faço eu com essas tuas loucuras tantas que me fazem lhe dizer "não" ?

- Quero os "sins" e as certezas. Também quero as incertezas, pois são estas que dão o tempero da vida, porém, os teus "nãos" são a minha agonia. Esta parte pertence a mim. Apenas peço de ti, a razão que não tenho quando preciso. O "resto" apenas acontece.

- Bem...estou eu a esperar, o teu chamar, ou quem sabe o meu acordar. É....


O tal Russo...

As vezes não se quer a solidão,
Porém, somente quando deixamos,
É que sabemos se realmente temos.
Só temos oque realmente for sincero e verdadeiro.
...
Eu pedi pra me acordar se fosse sonho.
Posso?